sexta-feira, 8 de maio de 2009

45% DOS BRASILEIROS DIZEM QUE NÃO GOSTAM DE LER.


ENTÃO, SEUS DESOCUPADOS... JÁ TÁ BOM DE DOWNLOADS, NÉ NÃO???
QUE TAL LER UM POUQUINHO PRA VARIAR, HEIM?

BRASILEIRO TEM PREGUIÇA DE LER:

Leitura foi 5ª opção citada (35%) sobre o que fazer no tempo livre; 77% opta pela TV. Sul é região onde mais se lê (média de 5,5 livros por pessoa), à frente do Sudeste (4,9), Centro-Oeste (4,5), Nordeste (4,2) e Norte (3,9)
Lucas Ferraz escreve para a “Folha de SP”:

No país de escritores como João Guimarães Rosa, Machado de Assis e Carlos Drummond de Andrade, 45% dos entrevistados na pesquisa "Retratos da Leitura no Brasil" disseram não gostar de ler. O percentual, aplicado à população brasileira, corresponde a mais de 77 milhões de pessoas.

Segundo o balanço, realizado pelo Ibope (Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística), a pedido do Instituto Pró-Livro, e divulgado ontem (28/5), o brasileiro lê, em média, 4,7 livros por ano, e compra ainda menos, média de 1,2 exemplar a cada 12 meses. Quando indagada sobre o que prefere fazer em seu tempo livre, a maioria da população opta pela televisão (77%) -a leitura foi a quinta opção citada pelos entrevistados, com 35%, atrás de hábitos como ouvir música e rádio e descansar.

Em um país que tem 18% de analfabetos, segundo dados de 2006 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), foi considerado como leitor quem leu pelo menos um livro durante os três meses anteriores à pesquisa, feita entre novembro e dezembro de 2007, equivalente a 55% dos entrevistados.

Entre os leitores que dedicam seu tempo livre para ler, 27% deles lêem revistas (leitura semanal) e 20%, jornais (leitura diária). Os livros são preferidos para leituras mensais -como afirmaram 14% dos entrevistados.

Por região:
O Sul é a região onde mais se lê (média de 5,5 livros por pessoa), à frente do Sudeste (4,9 livros), Centro-Oeste (4,5 livros), Nordeste (4,2 livros) e Norte (3,9 livros). Em 2001, na primeira edição da pesquisa, a média de leitura da população era de 1,8 livro por ano, mas as metodologias utilizadas são diferentes.

Enquanto aquela ouviu pessoas com idade superior a 15 anos, a pesquisa divulgada ontem entrevistou crianças a partir dos cinco anos e analfabetos funcionais, em todos os Estados e no Distrito Federal. A margem de erro da pesquisa é de 1,4 ponto percentual.

Na opinião do escritor Luis Fernando Verissimo, o preço do livro é uma barreira contra novos leitores. "A maioria está mais preocupada em sobreviver, não tem como comprar livro", disse o escritor -o último da lista de 25 nomes mais admirados ("estou na zona de rebaixamento", brincou).

Galeno Amorim, coordenador da pesquisa, negou que o preço seja um "complicador" -o estudo contou com o apoio do Snel (Sindicato Nacional dos Editores de Livros) e da CBL (Câmara Brasileira do Livro).
Hábito:
As professoras aposentadas Manoelina de Barros, 75, e Maria Helena Tosoni, 68, gostam de se encontrar em livrarias para comprar livros. Elas afirmam que só têm essa disponibilidade porque são aposentadas, e lamentam que a maioria dos professores leia pouco. Sobre o motivo, Tosoni é categórica: "Se o salário fosse maior, leríamos mais".

A metroviária Telma Piccirillo, 45, diz que nunca obrigou seus filhos Victor, 10, e Taynã, 15, a ler, mas sempre cultivou o hábito: "Quando não sabiam ler, eu lia para eles". Ela acredita que lê mais que seus colegas: "Eles são meio preguiçosos".

Um comentário:

  1. Adorei sobre este post! Isso mostra a sociedade decadente que estamos hoje

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